sexta-feira, 8 de abril de 2011

Semeando Idéias


"Nada é mais poderoso do que uma idéia cujo tempo tenha chegado."

Esse pensamento, atribuído a Victor Hugo, tem se mostrado muito real na minha vida.

Nas últimas semanas tive a oportunidade de vê-lo aplicado diversas vezes.

Alertas e recomendações que fiz a clientes há anos atrás ficaram adormecidas e agora começam a germinar, despertadas pelas chuvas de esperança de saída da crise na Europa.

É verdade que nem sempre há a lembrança da origem da idéia. Muitas vezes a idéia é creditada a quem a desperta no momento certo e não a quem a plantou.

Mas isso é menos importante do que o benefício da idéia germinar e, quem sabe, trazer uma pequena contribuição para melhorar o mundo.

Na verdade, receber o crédito pelas idéias é sempre agradável mas frequentemente injusto. Até que ponto temos certeza da originalidade de alguma idéia? Não são as nossas idéias "originais", na maior parte das vezes, uma colagem de idéias de outros, rearranjos de algo que já vimos?

Quando penso nisso tudo, vem-me à mente a parábola do semeador. "Saiu o semeador a semear..." A maior parte das sementes foi perdida, por falta de rega, pelas aves que as comeram, pelas ervas daninhas que as sufocaram. Mas algumas caíram em terra boa e produziram frutos "a cem por um".

Em minha experiência, eu adicionaria mais uma possilidade. Sementes caem em terra dura, seca, infértil. Mas as melhores sementes não morrem, permanecem. Talvez se passem muitos anos de seca e infertilidade. Mas, um dia, um pouco de matéria orgânica soma-se a uma chuvinha improvável e... abracadabra ! Faz-se o milagre de aparecer vida onde nada se esperava.

Não posso garantir quantas idéias germinarão e darão frutos, nem quando o farão, nem se terei algum crédito quando isso acontecer. Mas continuo a semear, sempre. Por prazer e por paixão.

E você? quantas sementes tem lançado nestes dias?

Daniel


Daniel Druwe Araújo é Sócio Diretor da T2People, empresa de consultoria em gestão empresarial (www.T2People.com) e representante nas Américas do Sul e Central, da LaMarsh Inc, empresa reconhecida como Líder mundial em Gestão de Mudanças

terça-feira, 5 de abril de 2011

Semeando Idéias

"Nada é mais poderoso do que uma idéia cujo tempo tenha chegado."

Esse pensamento, atribuído a Victor Hugo, tem se mostrado muito real na minha vida.

Nas últimas semanas tive a oportunidade de vê-lo aplicado diversas vezes.

Alertas e recomendações que fiz a clientes há anos atrás ficaram adormecidas e agora começam a germinar, despertadas pelas chuvas de esperança de saída da crise na Europa.

É verdade que nem sempre há a lembrança da origem da idéia. Muitas vezes a idéia é creditada a quem a desperta no momento certo e não a quem a plantou.

Mas isso é menos importante do que o benefício da idéia germinar e, quem sabe, trazer uma pequena contribuição para melhorar o mundo.

Na verdade, receber o crédito pelas idéias é sempre agradável mas frequentemente injusto. Até que ponto temos certeza da originalidade de alguma idéia? Não são as nossas idéias "originais", na maior parte das vezes, uma colagem de idéias de outros, rearranjos de algo que já vimos?

Quando penso nisso tudo, vem-me à mente a parábola do semeador. "Saiu o semeador a semear..." A maior parte das sementes foi perdida, por falta de rega, pelas aves que as comeram, pelas ervas daninhas que as sufocaram. Mas algumas caíram em terra boa e produziram frutos "a cem por um".

Em minha experiência, eu adicionaria mais uma possilidade. Sementes caem em terra dura, seca, infértil. Mas as melhores sementes não morrem, permanecem. Talvez se passem muitos anos de seca e infertilidade. Mas, um dia, um pouco de matéria orgânica soma-se a uma chuvinha improvável e... abracadabra ! Faz-se o milagre de aparecer vida onde nada se esperava.

Não posso garantir quantas idéias germinarão e darão frutos, nem quando o farão, nem se terei algum crédito quando isso acontecer. Mas continuo a semear, sempre. Por prazer e por paixão.

E você? quantas sementes tem lançado nestes dias?

Daniel.

domingo, 3 de abril de 2011

Conversa com Nakada san, ex-Toyota, ex-Delphi, com uma experiência direta com a família Toyoda

No restaurante do meu cliente na Bélgica tive a honra de almoçar com Nakada san, ex-Toyota, ex-Delphi, com uma experiência direta com a família Toyoda. Aposentado da sua vida de executivo, ele agora compartilha sua experiência e conhecimento como consultor para grandes empresas. Em meu cliente, está ajudando a aperfeiçoar as práticas de qualidade na linha.

Perguntei a ele quais mudanças culturais êle considerava importantes para a empresa promover. Esperava uma apaixonada defesa das características que costumamos associar com o modelo Toyota, de empoderamento, participação e senso de propriedade pelos operadores dos processos.

Para minha surpresa, ele me disse que preferia focar na responsabilidade da gerência em prover inovação através da estrutura e dos sistemas disponibilizados para os operadores. De que adianta você tentar mudar a cultura se a estrutura e os sistemas não suportam a prática das mudanças?

Por outro lado, se a estrutura e os sistemas (ou processos) forem concebidos não apenas para suportar mas para constranger os operadores a fazer o que é certo, os comportamentos corretos acontecerão. Gradualmente, quando os bons resultados começarem a aparecer, mudarão as atitudes, as crenças e os valores.

Continuo a achar importantíssimo entender as mudanças culturais necessárias e a buscar maneiras efetivas de promovê-las e gerenciá-las.

Também continuo um crente convicto da necessidade de capacitar os operadores dos processos para pensar e julgar, e não apenas seguir um processo porque não têm alternativa. Continuo a acreditar no potencial inexplorado da criatividade dos operadores e na importância de desenvolver neles o senso de propriedade pelos processos e pelos resultados.

Mas a inesperada defesa por Nakada san da obrigação da gerência em pensar e disponibilizar a estrutura e os sistemas apropriados para os operadores executarem corretamente os processos foi uma excelente contribuição para o meu aprendizado do dia.

Torço para que lhes sirva igualmente como bom ponto de reflexão!

Daniel, Gosselies, Bélgica, 30 de março de 2011.


Daniel é Sócio Diretor da T2People, empresa de consultoria em gestão de empresas e representante nas Américas do Sul e Central, da LaMarsh Inc, reconhecida como Lider mundial em Gestão de Mudanças